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Contracultura

Livre-arbítrio, amor e providência divina | O Amor e a Justiça Divina – L8 | 1Tri25

Isaque Resende 16 de fevereiro de 2025 1589 3 3


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    Livre-arbítrio, amor e providência divina | O Amor e a Justiça Divina – L8 | 1Tri25
    Isaque Resende

 
Série: O Amor e a Justiça Divina – 8/13
Lição da Escola Sabatina – CPB – 1º Trimestre de 2025
Lição 8 – Livre-arbítrio, amor e providência divina

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Fala, seus cristãos cansados, graça e paz a todos os santos da internet! Hoje a gente segue na jornada estudando O Amor e a Justiça de Deus na lição da Escola Sabatina, e o tema do episódio de hoje é Livre-Arbítrio, Amor e Providência Divina. Já deu pra sentir que vem polêmica, né? Porque, se tem um assunto que deixa muita gente confusa, é esse: se Deus ama e é justo, por que o mal continua solto por aí?

A gente ouve que Deus é soberano, que nada foge do controle dEle. Mas… será que isso significa que tudo o que acontece é porque Ele quis? Tipo, aquele tropeção no meio da rua foi planejamento divino? Ou quando alguém perde o emprego, era Deus mexendo as peças no tabuleiro? E o pior: quando algo terrível acontece, foi porque Ele decidiu assim?

O problema do mal tem atormentado os crentes desde sempre. Quando a coisa aperta, muita gente diz: “Deus sabe o que faz”. Mas será que Ele queria mesmo que a gente sofresse? Afinal, o próprio Jesus disse: “No mundo vocês vão ter aflições, mas tenham coragem, Eu venci o mundo”? Ou seja, Ele avisou que o sofrimento viria, mas também garantiu que essa não era a história toda.

Então, como funciona essa tal de providência divina? Será que Deus está no controle de tudo no sentido de determinar cada detalhe, ou Ele age respeitando nossa liberdade? O que Ele quer de verdade e o que Ele permite são a mesma coisa? Se Deus é Todo-Poderoso, por que Ele não faz com que tudo aconteça do jeito certo de uma vez?

A resposta para essas perguntas pode mudar completamente a forma como a gente vê Deus, como nos relacionamos com Ele e até como encaramos o sofrimento. E é exatamente isso que a gente vai explorar hoje.

_*_

Antes de continuar essa conversa séria sobre Deus, o mal e o livre-arbítrio, já deixa o like e se inscreve no canal, porque isso ajuda muito a espalhar essa mensagem. Agora, bora continuar essa jornada porque, olha, a gente tem muita coisa pra pensar junto!  

No último vídeo, a gente falou e falou, mas ficou aquela pulga atrás da orelha: **se Deus ama e é justo, por que o mal ainda está por aí?** Mas agora a pergunta fica ainda mais complicada: **se Deus é Todo-Poderoso, então será que nada foge do controle dEle? Quer dizer que tudo o que acontece foi exatamente o que Ele quis?** Muita gente acredita nisso. Se algo bom acontece, é porque Deus quis. Se algo ruim acontece, também. Mas será que essa lógica faz sentido?  

A palavra **”providência”** vem do latim e significa algo como “ver adiante”, “prever”. Ou seja, Deus não é um espectador passivo, Ele enxerga além do que a gente pode ver. Mas isso significa que Ele determina cada detalhe da nossa vida?

Alguns acreditam que **nada acontece por acaso**, que tudo segue um plano exato de Deus, como se estivéssemos dentro de um roteiro inalterável. Mas essa ideia traz um problema gigante, especialmente quando falamos sobre sofrimento e injustiça. Se Deus controla cada coisa que acontece, então Ele quis que a dor existisse? Quis que tragédias acontecessem?  

A Bíblia mostra algo bem diferente. Se tudo acontecesse exatamente como Deus quer, será que Ele diria coisas como: **”Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz”** (Salmo 81:11) ou **”Como eu queria ajuntar vocês como a galinha junta seus pintinhos debaixo das asas, mas vocês não quiseram!”** (Lucas 13:34)? Parece que tem muita coisa que acontece que Deus **não quer**, mas Ele permite. E isso muda tudo nessa discussão.

No livro de Isaías, Deus lamenta que o povo **não aceitou o descanso e a paz que Ele oferecia** (Isaías 30:15), e Ele diz que queria ter feito algo diferente, mas as pessoas não aceitaram. Ou seja, Deus tem desejos que não se cumprem porque Ele respeita a liberdade que nos deu. Se Deus forçasse tudo a ser do jeito dEle, não existiria amor verdadeiro, só obediência automática. E o amor é algo que não pode ser imposto.

Agora, olha que curioso: mesmo com tantas vontades não realizadas, a Bíblia nos mostra um Deus feliz. Como isso é possível? A gente vive num mundo onde a felicidade parece estar ligada a **ter tudo do jeito que queremos**. Mas Deus, que tem desejos que nem sempre se cumprem, continua sendo completo, alegre e bondoso. Isso quer dizer que **a verdadeira felicidade não está em controlar tudo, mas em amar plenamente**.  

Pensa nisso: muita gente acha que só pode ser feliz quando tiver tudo o que deseja. Mas se nem Deus tem tudo do jeito que quer e mesmo assim é pleno, será que a gente não está buscando a felicidade no lugar errado? O problema do mal não é só uma questão filosófica sobre Deus, mas também um espelho que nos ajuda a entender o que realmente significa ter uma vida satisfeita.

Então, como Deus age no meio desse mundo bagunçado? Se Ele não força tudo a ser do jeito dEle, como Ele ainda está no controle? E mais: o que a gente quer dizer quando fala que Deus é Todo-Poderoso? Será que isso significa que Ele pode fazer absolutamente qualquer coisa?

Jesus disse: “Para Deus, todas as coisas são possíveis” (Mateus 19:26). Mas espera aí… todas mesmo? Porque, no Calvário, enquanto Jesus estava na cruz, os líderes zombaram: “Se és o Filho de Deus, desce da cruz!” (Mateus 27:40). Será que Ele poderia ter descido? Claro, Ele tinha poder para isso. Mas e se Ele salvasse a Si mesmo? O que aconteceria com a gente?

Esse é um daqueles momentos em que a gente percebe que Deus não faz tudo o que pode fazer, porque Ele escolhe agir de acordo com Seu caráter de amor. Ele não salvou a Si mesmo porque escolheu salvar a nós. Isso muda tudo! Ser Todo-Poderoso não significa que Deus simplesmente faz tudo o que quiser, mas que Ele usa Seu poder de acordo com Seu amor.

Agora, olha essa outra questão: Deus quer que O amemos, certo? Mas Ele poderia simplesmente nos forçar a amá-Lo? E a resposta é: não! Ele não poderia, por que essa é uma impossibilidade lógica. A partir do momento em que Ele usasse seu poder para nos obrigar a amá-lo, o amor deixaria de ser amor e se tornaria em escravidão.

Pense em um bandido que coloca uma arma na sua cabeça e diz: sinta amor por mim se não eu te mato! Você seria capaz de sentir amor genuíno no seu coração diante dessa ameaça à sua vida? Claro que não. Como já dissemos, o amor só floresce no terreno da liberdade. Pela lógica, para que o amor exista, ele precisa ser escolhido.

Deus nos criou para amar, mas Ele não pode obrigar ninguém a amá-Lo, porque amor forçado não é amor. E Deus sempre respeita nossa liberdade, mesmo quando usamos essa liberdade para nos afastar dEle. Deuteronômio 6:5 já dizia isso lá no início: “Ame o Senhor de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças”. O amor só vale se for de coração. Se Ele impusesse esse amor, não seria mais uma relação, mas uma manipulação.

Isso significa que Deus também escolhe se limitar. Ele poderia usar o poder para nos forçar a obedecer, mas não faz isso. Ele poderia nos programar para nunca errarmos, mas aí seríamos apenas robôs. A verdadeira fé, a verdadeira confiança, o verdadeiro amor — tudo isso só pode existir onde há liberdade.

E aí vem a pergunta que realmente nos faz pensar: Se Deus respeita nossa liberdade e escolhe não nos forçar a nada, então como Ele age no mundo? Ele simplesmente deixa as coisas acontecerem ou há um plano maior em ação? Aí entra um conceito que já causou muita confusão: predestinação.

Quando a gente ouve essa palavra, parece que tudo está escrito antes mesmo de acontecer. Mas a Bíblia ensina algo diferente. Em Efésios 1:9-11, vemos que Deus pode decidir algo antecipadamente, levando em conta as escolhas que nós, seres livres, fazemos. Ou seja, predestinação não é um roteiro fixo onde somos apenas personagens sem voz, mas um plano que já considera cada passo que escolhemos dar.

Pra entender isso melhor, precisamos diferenciar duas coisas: a vontade ideal de Deus e a vontade remediadora de Deus. A vontade ideal é o que Deus realmente deseja—o mundo sem pecado, sem dor, sem separação. Mas, desde que a humanidade escolheu outro caminho, Ele passou a agir com uma vontade remediadora, ou seja, Ele trabalha dentro da realidade que criamos para nos salvar e nos conduzir de volta ao que Ele sempre quis.

Deus tem um desejo, mas não obriga ninguém a segui-Lo. Ele não interfere violando nossa liberdade, mas também não abandona o mundo à própria sorte. E é aqui que vem uma grande lição pra nossa vida: se nem tudo acontece como Deus gostaria, significa que viveremos dificuldades, frustrações e até tragédias. Mas Ele continua trabalhando, redirecionando caminhos, transformando o mal em oportunidades de aprendizado e crescimento.

Às vezes, quando passamos por momentos difíceis, pensamos: “Deus me abandonou” ou “Ele quis que isso acontecesse”. Mas não é assim que funciona. Ele nunca quis a dor, mas age dentro dessa realidade para nos guiar de volta ao que é bom. Como Romanos 8:28 nos lembra: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”—não porque Ele causou tudo, mas porque Ele sempre encontra um jeito de trazer propósito até do caos.

Então, quando enfrentamos dificuldades, precisamos lembrar: Deus não está longe nem indiferente. Ele está agindo, mas sem roubar nossa liberdade. E isso muda completamente a maneira como enxergamos a vida e o futuro. Mas como isso se conecta com a forma como Deus governa o mundo? Se Ele não está controlando tudo como um mestre de marionetes, então por que tantas coisas ruins acontecem? Será que o mundo está entregue ao acaso? Muita gente pensa assim. E olha, faz sentido que pensem—basta olhar ao redor. Guerras, tragédias, injustiça… Às vezes, a vida parece completamente aleatória. Mas será que é mesmo?

A Bíblia nos mostra um quadro mais complexo. João 16:33 traz uma fala de Jesus que não poderia ser mais clara: “Neste mundo vocês terão aflições. Mas tenham coragem! Eu venci o mundo”. Ou seja, Ele não prometeu um caminho sem dificuldades, mas garantiu que, apesar de tudo, há esperança. Isso nos ajuda a entender que nem tudo o que acontece é porque Deus quis assim. Algumas coisas são resultado direto das escolhas humanas. Outras, da ação do mal no mundo.

É por isso que a gente precisa ver a providência divina em duas dimensões. Sim, Deus age, mas Ele também permite que as consequências naturais das escolhas existam. Se Ele interferisse em tudo, nossa liberdade deixaria de ser real. E muitas vezes, o sofrimento não vem só da situação em si, mas da forma errada como entendemos Deus. Se alguém acha que tudo é planejado por Ele, como lidar com uma tragédia? Como manter a fé?

Mas aí vem o consolo: Deus não está distante. Ele não apenas permite a liberdade—Ele entra na nossa dor. Ele caminha conosco, segura nossas mãos e nos lembra que a história não termina aqui. Esse mundo tem dor, mas a vitória já foi garantida.

E se, assim como Jó fez, confiar em Deus mesmo sem entender tudo é o nosso desafio, então como a gente ajuda quem está passando pelo pior? Como ser um amigo de verdade quando alguém está sofrendo? Porque, convenhamos, muitas vezes a gente não sabe o que dizer. E, na ânsia de consolar, acabamos soltando frases como “Deus tem um propósito para tudo” ou “Foi a vontade dEle”. Mas será que é isso que a pessoa precisa ouvir?

Jesus nunca minimizou a dor das pessoas. Ele chorou com Maria e Marta diante do túmulo de Lázaro (João 11:35). Ele sentiu compaixão pelo povo (Mateus 9:36). Se queremos ajudar alguém a enfrentar a realidade da vida antes que o mal bata à porta, precisamos seguir esse exemplo: menos explicações, mais presença. Menos respostas prontas, mais compaixão.

E quando somos nós que estamos sofrendo? O que fazer quando parece que Deus está em silêncio? A primeira coisa é ser honesto com Ele. Se até Jesus clamou “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mateus 27:46), por que a gente não pode abrir o coração sem medo?

A segunda é lembrar quem Deus é. Se não entendemos tudo o que Ele faz, podemos entender Seu caráter: justo, amoroso e confiável. E, por fim, precisamos ter esperança. A história não termina com sofrimento. Apocalipse 21:4 diz que “Ele enxugará dos olhos deles toda lágrima”. Deus não apenas está conosco agora, mas já garantiu um futuro sem dor.

Então, se essa mensagem fez sentido pra você, compartilha com alguém que precisa ouvir isso hoje. E já se inscreve pra continuar essa conversa na semana que vem. Porque, no fim das contas, fé também se fortalece em comunidade. Até a próxima!

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