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Lição da Escola Sabatina

O que mais Eu poderia ter feito? | O Amor e a Justiça Divina – L11 | 1Tri25

Isaque Resende 8 de março de 2025 1594 3 3


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    O que mais Eu poderia ter feito? | O Amor e a Justiça Divina – L11 | 1Tri25
    Isaque Resende

 
Série: O Amor e a Justiça Divina – 11/13
Lição da Escola Sabatina – CPB – 1º Trimestre de 2025
Lição 11 – O que mais Eu poderia ter feito?

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Fala, seus Cristãos Cansados! Graça e paz a todos os santos da internet! É um privilégio ter você aqui comigo hoje para mais um episódio da nossa série especial: “O Amor e a Justiça de Deus”, baseada na lição da Escola Sabatina. E o tema de hoje é profundo, desafiador e, ao mesmo tempo, transformador: “O que mais eu poderia ter feito?”

Nas últimas lições, nos últimos episódios a gente tem conversado um pouco sobre aquele tipo de pergunta que a gente faz quando olha para o mundo ao redor — com tanta dor, injustiça e sofrimento — e se indaga: “Onde está Deus no meio de tudo isso?”, ou “Se Deus é bom, por que há tanto mal no mundo?”

Essas perguntas são reais. Elas nos incomodam. Mas você já parou para pensar que, em meio a todas as nossas dúvidas e incertezas, existe um lugar onde podemos encontrar respostas — ou pelo menos uma razão para confiar? Esse lugar é a cruz. Sim, a cruz. É lá que encontramos uma demonstração clara de que Deus é confiável, mesmo quando as respostas não vêm imediatamente.

E é exatamente sobre isso que vamos falar hoje. “O que mais eu poderia ter feito?” Será que Deus realmente fez tudo o que podia por nós? Será que Ele nos deixou alguma razão para duvidar do Seu amor ou da Sua justiça?

Segura aí, porque depois da vinheta vamos investigar essa história — e quem sabe você não sai daqui com uma nova visão sobre quem Deus é e o quanto Ele já fez por você.

_*_

Quer continuar acompanhando reflexões como essa, já deixa o like, se inscreve no canal e ativa as notificações! Assim você não perde nenhum episódio da nossa série. Agora, vamos direto ao ponto.

Voltando à pergunta que ficou no ar antes da vinheta: “Será que Deus realmente fez tudo o que podia por nós?” Para começar a responder isso, quero te levar para um momento muito tenso na história de Jesus, pois ocorre pouco antes da sua morte: é a sua conversa com Pilatos, registrada em João 18:37. Pilatos pergunta: “Então, você é rei?” E Jesus responde algo fascinante: “Você diz que sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para testemunhar da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.”

Agora pensa comigo: Jesus não disse que Seu reino “não tem nada a ver com este mundo”, como algumas traduções sugerem. Ele disse que Seu reino “não vem deste mundo”. Isso faz toda a diferença. O reino de Jesus não tem origem ou qualidade terrena, mas tem um destino claro: este mundo. Foi por isso que Ele veio até aqui. Ele veio para trazer luz, verdade e esperança para um mundo mergulhado em trevas.

E é aqui que entra o contraste poderoso entre os dois reinos. O reino de Pilatos — e de todos os sistemas humanos — é baseado na força, na violência e no poder político. Mas o reino de Jesus? É baseado na verdade. E sabe o que é mais incrível? A verdade do reino de Cristo não é uma ideia abstrata ou um conceito filosófico distante. A verdade é uma pessoa. É Ele mesmo. Porque é justamente através da pessoa de Jesus que nós conhecemos a verdade sobre quem Deus é.

Agora, deixa eu te fazer uma pergunta: O que significa viver em um reino onde a verdade é a base de tudo? Porque, convenhamos, vivemos em um mundo onde “verdade” parece ser algo negociável, algo que muda dependendo de quem tem mais poder ou influência. Mas Jesus veio para mostrar que existe uma verdade que não pode ser manipulada — uma verdade tão sólida que Ele estava disposto a morrer por ela.

E se o reino de Jesus é para este mundo, então nós, como Seus seguidores, também somos enviados para este mundo. Em João 17:18, Ele ora ao Pai dizendo: “Assim como Tu me enviaste ao mundo, Eu os enviei ao mundo.” Ou seja, nosso papel é continuar o trabalho d’Ele — testemunhar da verdade em um mundo cheio de enganos.

Mas vamos ser honestos: viver nesse reino não é fácil. Afinal, como você reage quando a verdade entra em conflito com as mentiras confortáveis do dia a dia? Como você responde quando precisa escolher entre agradar as pessoas ou ser fiel ao caráter de Cristo?

[…]

E talvez, a resposta para isso seja justamente refletir sobre o que Cristo fez por nós. Quando você pensa na cruz, o que vem à sua mente? Talvez você imagine dor, sofrimento, sacrifício. E tudo isso é verdade. Mas agora eu quero te convidar a enxergar algo mais profundo: a cruz como a maior demonstração do amor e da justiça de Deus.

Paulo, em Romanos 3:23-26, nos lembra de uma realidade difícil de engolir: “Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus.” Isso inclui eu, você, todo mundo. Ninguém presta. Geralmente, ou estamos fazendo o mal, ou estamos fazendo o bem por razões malignas. Mas graças a Deus que o texto não para aí! Ele continua dizendo que “somos justificados gratuitamente pela graça de Deus, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.” E esse é o ponto central: Deus apresentou Jesus como um sacrifício para demonstrar Sua justiça.

Mas por que Deus precisaria demonstrar Sua justiça? Não é óbvio que Ele é justo? A resposta está no contexto do conflito cósmico. Desde o início, o inimigo tem lançado dúvidas sobre o caráter de Deus. Ele acusa Deus de ser injusto, arbitrário e até mesmo incapaz de governar com amor. A cruz é a resposta definitiva a essas acusações.

Olha só o que Paulo diz em Romanos 5:8: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores.” Prova. Demonstração. Não são palavras vazias; são ações concretas. Na cruz, vemos um Deus que não apenas fala sobre amor e justiça — Ele as vive plenamente.

E sabe o que é mais incrível? A cruz não foi apenas um gesto simbólico ou uma solução temporária. Foi um ato definitivo que revelou ao universo inteiro quem Deus realmente é. Satanás foi desmascarado como mentiroso e assassino (Apocalipse 12:10-12), enquanto Deus mostrou que Sua justiça não é separada do Seu amor. Na verdade, os dois caminham juntos em perfeita harmonia.

Isaías 53:4 nos diz que Jesus levou sobre si as nossas dores e carregou os nossos sofrimentos. Isso significa que Deus não apenas observa nosso sofrimento à distância; Ele entra nele conosco. Ele sente nossas dores, nossas perdas, nossas angústias.

Então, quando enfrentamos provações e sofrimentos na vida, como podemos ter confiança no amor de Deus? A resposta está na cruz. Ela nos lembra que Deus fez tudo o que era possível para nos salvar sem comprometer a liberdade ou os princípios do amor. Ele não se apegou a nada; deu tudo de si até a morte e morte de cruz.

[…]

E já que a gente mencionou Isaías, vale dar uma olhada numa canção que ele registrou no capítulo 5. Essa não é uma canção qualquer. É uma música cheia de significado, que fala sobre um vinhedo. Era algo que fazia muito sentido para o povo daquela época. Afinal, trabalhar em vinhedos era parte da vida deles. Mas, como sempre, o profeta usa algo familiar para trazer uma mensagem profunda.

Ele começa descrevendo o cuidado do dono do vinhedo. Deus é esse dono, e Ele não poupou esforços: escolheu um terreno fértil, limpou as pedras, plantou as melhores videiras, construiu uma torre para proteger o vinhedo e até preparou um lagar para o vinho. Tudo estava pronto para uma colheita incrível! Mas aí vem a surpresa: em vez de uvas boas, o vinhedo produziu uvas selvagens — ou como o texto original sugere, uvas podres. Dá pra imaginar a frustração do dono da vinha?

E então, Deus faz a pergunta que dá o título do episódio de hoje: “O que mais Eu poderia ter feito pelo Meu vinhedo que Eu não tenha feito?” (5:4). Essa pergunta é profunda porque não é só sobre Israel naquela época; é sobre todos nós. Deus investiu tudo em nós — Seu amor, Sua paciência, Suas bênçãos. E a grande questão é: o que estamos fazendo com tudo isso?

Isaías deixa claro que o problema não estava no dono do vinhedo ou no cuidado que Ele teve. O problema estava na resposta da videira. Em vez de produzir justiça e retidão — os frutos que Deus esperava —, Israel produziu opressão e gritos de desespero (Isaías 5:7).

Agora pensa comigo: se você fosse chamado para julgar essa situação, qual seria sua resposta? Você daria razão ao dono da vinha ou criaria desculpas para justificar o vinhedo? É exatamente isso que Deus faz. Ele convida o povo a julgar entre Ele e o vinhedo (5:3). É como se Ele dissesse: “Eu fiz tudo o que podia. Agora me diga: onde foi que Eu errei?”

Essa vulnerabilidade de Deus é impressionante. Ele não força ninguém a aceitar Suas ações; Ele convida à reflexão. Seu reino não é de imposição, mas de convencimento. E sabe o que é mais incrível? Essa história não termina com abandono ou destruição total. Mesmo diante das uvas podres, Deus ainda tem planos para restaurar Seu povo.

[…]

Olha só que incrível. Em Mateus 21:33-39, Jesus vai contar uma história que pega a imagem do vinhedo lá de Isaías 5 e a leva a um nível ainda mais profundo. Nessa parábola, Ele fala de um proprietário que planta um vinhedo, cerca o terreno, constrói uma torre e prepara tudo com cuidado. Depois, ele arrenda o vinhedo para lavradores e vai para longe. Quando chega o tempo da colheita, ele envia seus servos para receber os frutos. Mas, em vez de entregarem o que era devido, os lavradores maltratam os servos, matam alguns e rejeitam completamente o dono do vinhedo.

E então vem o clímax da história: o proprietário decide enviar seu próprio filho, pensando: “Eles vão respeitar meu filho.” Mas os lavradores veem o filho como uma oportunidade para tomar a herança e decidem matá-lo também. Agora me diz: o que essa história nos revela sobre Deus?

Primeiro, pense no dono do vinhedo. Ele é paciente, generoso e persistente. Mesmo depois de ver seus servos sendo maltratados e mortos, ele ainda decide enviar seu filho. Isso não parece imprudente? Humanamente falando, talvez sim. Mas essa é a essência do amor de Deus. Ele não desiste de nós. Ele não retém nada. Ele dá tudo — até Seu próprio Filho.

Agora, olha para o contraste entre o dono do vinhedo e os lavradores. O problema não está no dono ou no cuidado que ele teve com o vinhedo. O problema está na resposta dos lavradores: egoísmo, ganância e rejeição total da autoridade do proprietário. E aqui vai uma pergunta para nós hoje: será que às vezes agimos como esses lavradores? Será que usamos as bênçãos e os dons que Ele nos deu apenas para nosso próprio benefício?

[…]

Quando olhamos para a canção do vinhedo em Isaías 5 e para a parábola de Jesus em Mateus 21, vemos um tema recorrente: Deus se colocando em uma posição vulnerável, convidando Suas criaturas a julgarem Seu caráter. Deus, o Criador do universo, permite que Sua própria criação avalie Suas ações. Isso é, no mínimo, surpreendente, não é?

Pensa comigo: em Isaías 5:3-4, Deus pergunta: “O que mais poderia Eu ter feito pelo Meu vinhedo que Eu não tenha feito?” Ele não está apenas declarando que fez tudo o que podia; Ele está pedindo ao povo que julgue.

Em Romanos 3:4, Paulo ecoa essa ideia ao dizer: “Que Deus seja verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está escrito: ‘Para que sejas justificado nas tuas palavras e prevaleças quando fores julgado.’” É como se Deus dissesse: “Eu estou disposto a colocar tudo à prova. Examinem os fatos e decidam por si mesmos.” E essa postura de Deus não é um sinal de fraqueza, mas de força moral. Ele não impõe Sua autoridade com força bruta; Ele conquista pela verdade e pelo amor.

Mas por que isso importa? Por que Deus Se submeteria ao julgamento das Suas criaturas? A resposta está na essência do conflito cósmico. Desde o início, Satanás lançou dúvidas sobre o caráter de Deus — acusando-O de ser injusto ou arbitrário. A cruz foi a resposta definitiva a essas acusações. Ali, Deus mostrou que Ele não apenas sofre conosco; Ele sofre mais do que qualquer um de nós.

E isso nos leva ao ponto principal: quando enfrentamos dúvidas ou sofrimentos, podemos olhar para a cruz e ver a prova de que Deus fez tudo o que era moralmente possível para nos salvar sem comprometer Sua justiça ou nosso livre-arbítrio. A cruz nos lembra que, mesmo quando não entendemos tudo agora, podemos confiar n’Ele.

[…]

Quando olhamos para a cruz, algo extraordinário se torna claro: o conflito sobre o caráter de Deus, que não poderia ser resolvido com demonstrações de poder, foi respondido pelo Deus que sofre voluntariamente. Um Deus que, mesmo sendo todo-poderoso e soberano, escolheu se tornar vulnerável à dor por amor a nós. Como disse Jürgen Moltmann: “Um Deus incapaz de sofrer é um ser sem amor.” E, como Henri Blocher acrescenta, “da cruz brota luz suficiente para iluminar até a noite mais escura.”

E aqui está a beleza disso tudo: a cruz nos dá motivos para confiar. Ela nos mostra que Deus fez tudo o que era moralmente possível para o nosso bem maior. Ele não segurou nada. Ele deu tudo — até mesmo Seu próprio Filho. E isso nos garante que, no fim dos tempos, Ele eliminará todo o mal. Pode parecer que as coisas ainda estão fora de controle agora, mas a cruz é a prova de que Deus tem um plano perfeito e justo.

Eu sei que muitas perguntas ainda permanecem sem resposta. Por que sofremos? Por que tantas coisas ruins acontecem? Mas aqui está o convite da cruz: confiar em Deus mesmo quando não entendemos tudo. É como Apocalipse 15:3 declara: “Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os Teus caminhos.” No final, todo o universo reconhecerá que Deus agiu com justiça e amor.

E enquanto aguardamos esse dia em que todo mal será erradicado, como podemos viver agora? Podemos escolher confiar em Deus e refletir Seu amor em nossas vidas diárias gerando frutos de arrependimento e de bênçãos para outros. Podemos ser agentes de esperança em um mundo quebrado, sabendo que o sofrimento não tem a palavra final.

Então, se essa mensagem tocou seu coração hoje, já deixa o like, se inscreve no canal e compartilha esse vídeo com alguém que precisa ouvir sobre o amor e a justiça de Deus. E não se esqueça: no próximo episódio, vamos continuar explorando como essa história impacta diretamente nossas vidas. Até lá!

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