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Contracultura

O que está escrito na sua parede? | Universidade Babilônia – Ep.07 | Crônicast#007

Isaque Resende 8 de fevereiro de 2020 266


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    O que está escrito na sua parede? | Universidade Babilônia – Ep.07 | Crônicast#007
    Isaque Resende

Série: Universidade Babilônia – 07

#Crônicast #Daniel

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Uma festa muito louca (Daniel 5:1-4)
Vamos lá, capítulo 5, verso 1: “Certa vez o rei Belsazar deu um grande banquete para mil dos seus nobres, e eles beberam muito vinho.”
Nabuco troca com Belsazar; O que houve desde o capítulo quatro?
65 anos desde que Babilônia trouxe aqueles quatro jovens cativos para o reino. De acordo com os historiadores, estamos agora em 539 a.C., onde o rei Belsazar governa Babilônia.
Capítulo da Bíblia que prova que ela é falsa. É isso que foi ensinado por 800 anos. Não havia um rei Belsazar em Babilônia, o último rei deste império foi Nabonidas.
No último século, as crônicas de Nabonidas foram desenterradas ao sul de onde ficava Babilônia. E lá, o último rei conhecido de Babilônia conta a respeito de seus últimos anos. Ciente do crescimento e ganho de poder dos impérios medos e persas sobre o comando de Ciro, Nabonidas resolve se retirar para a arábia e deixa no reinado de Babilônia o seu filho mais velho. Adivinha o nome dele? Isso mesmo, Belsazar.
Versos 2-4: “Enquanto Belsazar bebia vinho, deu ordens para trazerem as taças de ouro e de prata que o seu predecessor, Nabucodonosor, tinha tomado do templo de Jerusalém, para que o rei e os seus nobres, as suas mulheres e as suas concubinas bebessem nessas taças. Então trouxeram as taças de ouro que tinham sido tomadas do templo de Deus em Jerusalém; e o rei e os seus nobres, as suas mulheres e as suas concubinas, beberam nas taças. Enquanto bebiam o vinho, louvaram os deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.”
As famílias mais importantes e influentes estão aqui, na festa mais badalada do reino. Tudo o que a carne pode desejar e sonhar é servido aqui. Mulheres, vinho, iguarias que nem mesmo os nobres possuem na mesa. A luxúria e a glutonaria são as convidadas de honra.
E o texto enfatiza que em determinado momento, o rei mandou servir a bebida nas taças de ouro e prata que foram roubadas de Jerusalém. Se você se lembra do primeiro episódio, no primeiro capítulo de Daniel, vemos que essas taças pertenciam ao templo de Yaweh.
Existe um exército inimigo acampando do lado de fora dos muros do reino, mas eles são Babilônia, os maiores e mais poderosos do mundo, não há motivos para ter medo, vamos festejar em segurança. Os muros imensos, o foço ao redor dos muros, as torres de vigia e os imensos portões, não deixam margem para temer.
Autenticar a sensação de segurança = usar utensílios do Deus conquistado.
Zombaria no ar. Clima de confiança total, até que começa o verso 5.
Um convidado sem convite (Daniel 5:5:16)
Versos 5 e 6, “Mas, de repente apareceram dedos de mão humana que começaram a escrever no reboco da parede, da parte mais iluminada do palácio real. O rei observou a mão enquanto ela escrevia. Seu rosto ficou pálido, e ele ficou tão assustado que os seus joelhos batiam e as suas pernas vacilaram.”
No meio da festa, com o álcool rolando solto, diante de toda a zombaria e escárnio, sentado no trono o rei começa a presenciar uma cena terrível e assustadora. Um convidado, que não é bem um convidado, que não é nem uma pessoa, apenas uma mão, como se fosse um filme de terror, começa a escrever coisas ininteligíveis.
O rei está horrorizado, seus joelhos tremem, seu quadril fraqueja. Ele sabe que o mãozinha não está na lista de convidados. E aquela coisa escreve: “MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM”. E todos ficam em choque, boquiabertos.
É impressionante como em 1 segundo todo o clima do local se transforma. Nós temos uma festa, um ambiente configurado para afirmar o eu, para dar lugar aos maiores desejos do homem, para que as pessoas possam se reafirmar como indivíduos, e em um verso, tudo muda. A segurança se transforma em medo, e o orgulho e a vaidade se convertem em horror.
Não é exatamente assim que a vida funciona? Não sei quanto a você, mas quando eu deposito minha confiança nos ídolos dessa terra, em ouro e prata, em ferro e madeira, nas minhas posses e no materialismo, carros, casas, quando minha confiança está cunhada em meu poder, meu status, minha capacidade, saúde e meus tesouros, eu preciso estar preparado para aquele 1 verso que muda tudo.
E aqui nós temos o homem mais poderoso do mundo, sentado no maior trono de todos, festejando e reafirmando sua confiança e autoridade, sua riqueza e status, e em um verso, uma mão e um muro, tudo desmorona. “MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM”.
E nos momentos que se seguem, nós veremos quase uma reprise do capítulo 2. QUASE!
Verso 7, “Aos gritos, o rei mandou chamar os encantadores, os astrólogos e os adivinhos e disse a esses sábios da Babilônia: ‘”Aquele que ler essa inscrição e interpretá-la, revelando-me o seu significado, vestirá um manto vermelho, terá uma corrente de ouro no pescoço, e será o terceiro em importância no governo do reino'”.
Líderes do passado teriam oferecido o segundo lugar de poder, por que o rei está oferecendo o terceiro lugar? Bem, por causa das crônicas de Nabonidas, nós aprendemos que Belsazar está agindo como imperador para seu pai, portanto, ele já é o segundo em poder, e só pode oferecer o terceiro lugar.
Eu ofereço a vocês ouro, roupas da realeza, poder e status. Os deuses deste mundo me desapontaram, meu ouro, meu poder e meu status não podem resolver os meus problemas, e ainda assim, é tudo o que eu tenho para lhes oferecer. É o que Babilônia diz que é importante.
Versos 8 e 9, “Todos os sábios do rei vieram, mas não conseguiram ler a inscrição nem dizer ao rei o seu significado. Diante disso o rei Belsazar ficou ainda mais aterrorizado e o seu rosto, mais pálido. Seus nobres estavam alarmados.”
Eu acho muito intrigante o fato de que o rei não faz ideia do que está escrito no muro, certo? Então por que ele está tão assustado? Pelo que sabemos, poderia ser um de seus deuses dizendo: “Feliz Aniversário, Belsazar, tem um pônei para você lá fora!”
Por que ele está tão atemorizado?
Se eu fosse chutar uma razão, eu diria que é porque, assim como eu e você, ele possuía uma pequena coisinha que chamamos de consciência. Essa pequena voz de grilo que te diz. “Não abra isso, não coma isso, não clique aí, não entre lá, não haja assim.” E que geralmente nós mandamos calar a boca.
Romanos 1 nos diz que os atributos invisíveis de Deus estão presentes na criação, e que a existência de seu poder está inscrito no coração de cada ser humano. E quer resolvamos correr dessa impressão e fazer com que tudo seja sobre nós, ou quer caiamos de joelhos e reconheçamos a soberania desse Deus, ele existe e atua de um jeito ou de outro. E agora temos um rei que provavelmente está pensando, “Este Deus existe, e ele quer as taças dele de volta.”
Versos 10 a 12, “E tendo a rainha, ouvido os gritos do rei e de seus nobres, entrou na sala do banquete e disse: “Ó rei, vive para sempre! Não fiques assustado nem tão pálido! Existe um homem em teu reino que possui o espírito dos santos deuses. Na época do teu predecessor verificou-se que ele tinha percepção, inteligência e sabedoria como a dos deuses. O rei Nabucodonosor, teu predecessor, sim, teu predecessor, o rei, o nomeou chefe dos magos, dos encantadores, dos astrólogos e dos adivinhos. Verificou-se que esse homem, Daniel, a quem o rei dera o nome de Beltessazar, tinha inteligência extraordinária e também a capacidade de interpretar sonhos e resolver enigmas e mistérios. Manda chamar Daniel, e ele te dará o significado da escrita”.
Aqui temos uma mulher sábia cujo nome não sabemos, mas com suas palavras, ela se junta à galeria de mulheres importantes na Bíblia que influenciaram o curso da história. Mulheres como Rute, Ester, Noemi, Abigail, Maria e Lídia. E essa rainha diz, “Eu conheço a história desse Deus e sei de um homem que anda pessoalmente com esse Deus.”
Já fazem cerca de 65 anos desde que Daniel chegou cativo. Ele deve ter algo em torno de 80 anos agora. Já não é mais um jovenzinho. Belsazar não tem necessidade de um velho religioso em seu reino. Mas agora ele o convoca à festa.
Versos 13 a 16, “Assim Daniel foi levado à presença do rei, que lhe disse: “Você é Daniel, um dos exilados que meu pai, o rei, trouxe de Judá? Soube que o espírito dos deuses está em você e que você possui percepção, inteligência e uma sabedoria fora do comum. Trouxeram os sábios e os encantadores à minha presença para lerem essa inscrição e me dizerem o seu significado, eles, porém não conseguiram. Mas eu soube que você é capaz de dar interpretações e de resolver mistérios. Se você puder ler essa inscrição e dar-me o seu significado, você será vestido de vermelho e terá uma corrente de ouro no pescoço, e se tornará o terceiro em importância no governo do reino”.
Você percebe a ironia dessa cena? Nos primeiros versos ele usa e abusa dos itens sagrados do Deus YAWEH. Ele zomba desse Deus fazendo um brinde aos deuses pagãos de seu reino.
E agora, uma escrita estranha aparece na parede causando pânico, e uma vez que seus deuses temporários o desapontaram e se silenciaram, ele se volta exatamente para o Deus que ele zombou e clama por ajuda.
“Daniel, eu sei o que eu acabei de fazer com as taças, mas eu também sei que a única resposta que eu terei está com o teu Deus, pois eu não fui capaz de encontrá-la nos ídolos deste mundo.”
Apagando as luzes (Daniel 5:17-30)
E é aqui que a coisa fica boa, verso 17, “Então Daniel respondeu ao rei: “Podes guardar os teus presentes para ti mesmo e dar as tuas recompensas a algum outro. No entanto, eu lerei a inscrição para o rei e lhe direi o seu significado.”
Em outras palavras, “Rei, isso não é uma religião para mim, é um relacionamento com alguém que eu conheço. Eu não estou nessa pelo poder e pelo prestígio, eu não vou à igreja e abro a Bíblia para que algo de bom ocorra com minhas finanças, eu não caminho com esse Deus para ficar rico. Eu simplesmente o sirvo. Fique com os tesouros.”
Versos 18 a 21, “Ó rei, foi a Nabucodonosor, teu predecessor que o Deus Altíssimo deu soberania, grandeza, glória e majestade. Devido à alta posição que lhe concedeu, homens de todas as nações, povos e línguas tremiam diante dele e o temiam. A quem o rei queria matar, matava; a quem queria poupar, poupava; a quem queria promover, promovia; e a quem queria humilhar, humilhava. Mas, quando o seu coração se tornou arrogante e endurecido por causa do orgulho, ele foi deposto de seu trono real e despojado da sua glória. Foi expulso do meio dos homens e sua mente ficou como a de um animal; ele passou a viver com os jumentos selvagens e a comer capim como os bois; e o seu corpo se molhava com o orvalho do céu, até reconhecer que o Deus Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e coloca no poder a quem ele quer.”
Daniel praticamente faz um resumo dos 4 capítulos anteriores. “Belsazar, você se esqueceu da história? Se esqueceu dos reis antes de você? Por exemplo, Nabucodonosor, que não conhecia esse Deus e fazia com que tudo fosse sobre ele porque ele tinha poder e posição, dinheiro e influência. Ele fez a si mesmo a estrela do show. Lembra do que Deus fez com ele? Deus apareceu várias vezes para lembrá-lo de que tudo o que ele tem lhe foi dado. Até que finalmente Deus o transformou em uma besta de campo e o humilhou até que ele reconhecesse que esse Deus é soberano. E no fim, Nabucodonosor entendeu isso.”
E então chegamos ao tema do capítulo, no verso 22, “Mas tu, Belsazar, seu sucessor, não te humilhaste, embora soubesses de tudo isso.”
Você sabe o suficiente sobre Deus para entender quem Ele é e o que Ele quer, e mesmo assim você não foi humilde. Você transformou a grandeza de Babilônia que Ele permitiu, em algo sobre você.
Nabucodonosor não conhecia a Deus e recebeu testemunho dos jovens e do poder de Deus.
Belsazar possuía as histórias do testemunho de Nabucodonosor sobre Deus. (Bíblia pra nós).

Versos 23 a 25, “Pelo contrário, tu te exaltaste acima do Senhor dos céus. Mandaste trazer as taças do templo do Senhor para que nelas bebessem tu, os teus nobres, as tuas mulheres e as tuas concubinas. Louvaste os deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir nem entender. Mas não glorificaste o Deus que sustenta em suas mãos a tua vida e todos os teus caminhos. Por isso ele enviou a mão que escreveu as palavras da inscrição. Esta é a inscrição que foi feita: ‘MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM.'”
Todos nós devemos nossas vidas e nossos reinos a Deus, mas nós zombamos dele fazendo com que isso seja sobre nós e não sobre Ele, buscando ídolos de ouro, prata, ferro e madeira e colocando Deus de escanteio.
Essa era a filosofia de Babilônia, e a mesma filosofia que nos bombardeia hoje. Você é o melhor, você merece, você conseguiu, foi a sua educação, o seu potencial, o seu poder, a sua influência que alcançou tudo isso. É sobre você. E caímos na armadilha de esquecer que tudo o que temos e somos, é um dom de Deus.
Não significa deixar de recorrer a Deus por ajuda, mas negar a Deus a supremacia sobre nós.
(exemplo: ajudar os outros com nossos recursos, tempo, atenção, influência. Temer perda.)
Versos 25 a 29, “Esta é a inscrição que foi feita: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM. ‘E este é o significado dessas palavras: Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Tequel: Foste pesado na balança e achado em falta. Peres: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas’. Então, por ordem de Belsazar, vestiram Daniel com um manto vermelho, puseram-lhe uma corrente de ouro no pescoço, e o proclamaram o terceiro em importância no governo do reino.”
Haviam quatro palavras naquele muro, e talvez os sábios até conseguissem ler o que estava escrito, mas não faziam ideia do que significava. Via-se apenas: Numerado, numerado, pesado e dividido. E Daniel então começa a explicar.
“Rei, teus dias estão contados e Deus disse que eles chegaram ao fim, sabe por que? Porque Deus o colocou em uma balança com os valores do outro lado e viu que você estava em falta para com ele. Por causa disso teu reino será tomado de você e dado a outro povo.”
Apesar desse pessimismo todo, o rei ainda homenageia Daniel com o manto púrpura e o ouro no pescoço, e eu aposto que quando todo mundo gritou e reverenciou Daniel por sua conquista de poder e por sua promoção de status no reino, ele deve ter revirado seus olhos e exaurido um pequeno “aff”, porque, veja nos —
— versos 30 e 31, “Naquela mesma noite Belsazar, rei dos babilônios, foi morto, e Dario, o medo, apoderou-se do reino, com a idade de sessenta e dois anos.”
Daniel deve ter pensado, “Que ótimo, eu sou o terceiro maior líder do reino por… 6 horas e 23 minutos. Belezinha, deixa eu ir pra cama que eu ganho mais.”
Naquela mesma noite, Babilônia foi tomada. Os historiadores divergem muito em relação a esse evento. Ninguém aceitaria que um exército como o dos Medos e Persas conseguiria conquistar Babilônia dentro de sua fortaleza. O historiador Heródoto descreve o momento da seguinte forma:
“Sem perda de tempo, os Persas postados nas margens entraram na cidade, com as águas do rio dando apenas pelas coxas. Se os Babilônios tivessem sido instruídos com antecedência sobre o propósito de Ciro, ou se o percebessem no momento da execução, poderiam ter feito perecer todo o exército, evitando a invasão da cidade; bastaria fechar as portas que conduzem ao rio e atacá-lo do muro marginal; os soldados seriam apanhados como peixes na rede. A verdade é que os Persas surgiram quando eram menos esperados, e, a acreditar no depoimento dos Babilônios, quando os pontos extremos da cidade já se achavam em poder do inimigo, os defensores que se encontravam na parte central ainda não tinham conhecimento disso, tão grande era ela. No momento em que se deu a invasão, os Babilônios estavam realizando um festim, e, longe de imaginar que um perigo iminente os ameaçava, entregavam-se aos prazeres e às danças. Quando se inteiraram da situação, era demasiado tarde. Assim Babilônia foi tomada pela primeira vez.”
Em uma única noite, o império mais conhecido do mundo, mais poderoso, mais rico e mais imponente, é conquistado sem muito derramamento de sangue. O rei e os líderes são mortos e Babilônia nunca mais será relevante na história. A bola está agora com Ciro e os Medos e Persas.
Há um Belsazar em cada um de nós. A mensagem para ele é a mesma para nós hoje. Por isso eu gostaria de fazer 3 considerações sobre essa história para fecharmos nossa reflexão.

1 – Todos nós vivemos com um perigo do lado de fora de nossos muros.
Em João 10:10, Jesus diz que o “ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.”
Pedro vai colocar dessa forma “Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.”
Simplesmente por ser feito à imagem de Deus, ele já quer te destruir. Se você quer se chamar de cristão, então realmente você colocou um alvo em suas costas.
E quando falamos de destruição, geralmente nos focamos no negativo: promiscuidade, drogas, libertinagem, materialismo, imoralidade. Mas Babilônia pode muito bem tentar outra abordagem. Os ídolos de ouro, prata e madeira estão aí. Eu não posso te tentar com drogas e sexo, mas que tal sucesso, fama, poder, dinheiro?
São coisas que por si mesmas não são ruins, mas a Universidade Babilônia me fará transformá-las em minha busca principal, no objetivo da minha vida. Me fará sair do script de Deus, e me dedicar a escrever meu próprio script.
E a humildade que eu deveria ter de olhar para tudo e dizer: “Deus, olha como o Senhor tem me abençoado. Tudo o que eu tenho e sou é por tua soberana vontade. Sou apenas um mordomo”. Se torna um: “Veja só o que eu tenho. Veja o que eu construí para a minha glória e para o engrandecimento do meu nome”.
Meu nome e meu sucesso se tornam o meu script, e eu ME TORNO PRODUTO DO VERSO 22. Mesmo conhecendo a Deus e o que ele quer, eu faço isso tudo ser sobre mim.
Belsazar está confiante no que ele tem e em quem ele é. “Eu não vou cair nessa. Olha o tamanho de meus muros. Isso é uma fortaleza.” Olha minha conta bancária, olha meu patrimônio, olha a família que eu tenho, olha os parceiros que eu tenho, olha a religião que eu pratico. Eu não vou cair nessa.
E quando menos se espera, os portões são abertos por dentro, sem derramamento de sangue, uma nova bandeira flamula no palácio, e tudo que foi conquistado, muda de mãos. É o mesmo que ocorre em nossas vidas.
O que quer que esteja do lado de fora dos nossos muros, lute contra isso. E mais importante, não confie nos muros. Não acredita em um falso senso de segurança. Apegue-se a Deus, entregue a ele o controle da sua vida.

2 – O que está escrito no muro de Belsazar, também está escrito no nosso.
É muito fácil olhar e dizer: “Wow, Belsazar é um carinha sem vergonha hein?!”.
Reflita comigo. “Se Deus resolvesse publicar na Bíblia um capítulo com os pecados mais graves que você já cometeu, para que todo o mundo pudesse ler, como seria essa leitura?”
* MENE: DEUS CONTOU OS DIAS DO TEU REINADO E DETERMINOU O SEU FIM.
Nossos dias foram contados, numerados. Tiago 4:14 diz, “Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa.”
Em Mateus 6:27, Jesus vai dizer: “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” Mesmo que vivamos 115 anos e sejamos entrevistados no Fantástico, ainda assim, será passageiro. Sumirá como a neblina da manhã.
E no verso 32 Jesus explica que quem se preocupa com coisas passageiras são os pagãos. É a filosofia de Babilônia. E no verso 33 ele nos exorta a buscar o Reino de Deus em primeiro lugar.
Deus nos diz: “Tudo o que você tem, tudo o que você é, é por causa de mim. E você pode usar isso para escrever seu próprio script, ou para promover os interesses do reino eterno.
* TEQUEL: FOSTE PESADO NA BALANÇA E ACHADO EM FALTA.
Tudo vai ser provado no fim das contas, quer você queira ou não. Para Belsazar, as coisas aconteceram rapidamente, mas pode ser que para nós demore mais. Mas mesmo que seja apenas no fim, nossas obras serão provadas pelo fogo.
1 Coríntios 3:11-13 : “Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo. Se alguém constrói sobre esse alicerce, usando ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, sua obra será mostrada, porque o Dia a trará à luz; pois será revelada pelo fogo, que provará a qualidade da obra de cada um.”
Salomão escreve um livro inteiro para falar da futilidade, da limitação de tudo o que possamos produzir nessa terra. E no fim ele resume a ópera da seguinte forma, Eclesiastes 12:13-14 : “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e guarde os seus mandamentos, pois isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mal.”
* PARSIM: TEU REINO FOI DIVIDIDO E ENTREGUE AOS MEDOS E PERSAS.
Deus nos concede dons, habilidades e bens para usar para seu reino, para a sua glória, para salvar pessoas. Nós podemos fazer como o povo de Israel e abraçar essas bênçãos e fazer com que elas sejam sobre nós, e não sobre Deus. E o que aconteceu? Deus tirou daquele povo o seu selo de exclusividade, e a herança de Abraão foi estendida a todos os povos.
Podemos acumular tudo e fazer com que seja sobre nós, mas quando o tempo acabar, tudo irá para a próxima pessoa na fila, até que tudo acabe.

3 – Todos nós temos uma escolha a fazer.
Se tudo isso que nós vimos até agora é verdade, então realmente temos uma escolha para fazer. Creio eu que só haja duas opções.
1 – Nós ignoramos a palavra de Deus.
Sabendo o que nós sabemos, e tendo ouvido e estudado tudo aquilo que vimos até agora nessa semana, podemos escolher o materialismo, o engrandecimento do nosso nome, abraçar tudo que nos engrandece e deixar Deus de lado.
Essa voz que sussurra no seu ouvido, não as minhas palavras, mas aquilo que Deus tem te falado recentemente. Basta ignorá-la. Basta comparar as duas filosofias e acreditar do fundo do seu coração que a Universidade Babilônia faz mais sentido. Os resultados são mais rápidos.
Aqueles 4 rapazes disseram, desde o capítulo 1, que iriam viver de forma autêntica em um mundo onde nenhum de seus valores fazia sentido. E mais de 2500 anos depois, ainda estamos ouvindo as histórias sobre eles.
Podemos ignorar as palavras de Deus, ou…
2 – Vivermos como se elas fossem verdade.
Eu escolho viver um vida que diz, “Se isso é verdade, então todas as minhas ações precisam ser correspondentes.”
E é preciso ficar muito claro, mais uma vez, que existe uma grande diferença entre acreditar e viver. Princípios e valores não se resumem a crer. Até os demônios creem, diz Tiago. Tem a ver com viver, com o que eu faço no meu dia a dia. Nos aspectos mínimos e básicos da minha vida.
Todos nós temos uma data inicial em nossas lápides. 1900… 2000…
Nós podemos viver como quem vive para fazer o que puder antes de aparecer uma segunda data ao lado da primeira. Ou podemos viver como quem sabe que após a segunda data a eternidade espera.
Deus nos diz: “Eu te dei um reino para que você administre para mim. Mas não cometa o erro de achar que esse reino é seu. É o meu reino eterno. Você apenas cuida dele pra mim.”
Ou como os reis dessa história, você pode fazer com que as coisas sejam a seu respeito.
Nossas 5 mensagens anteriores tem repetido a mesma coisa. Se há uma coisa que o livro de Daniel bate na tecla, é que o reino dos homens é temporário, mas o reino de Deus é eterno.
E ele nos convida hoje: “Faça parte do meu reino, faça parte da minha história.”
1 João 2:15-17 – “Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

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